CONSTRÓI ao menos
qualquer coisa efêmera.
Pois mais não podes ser,
sê ao menos efêmero.
Grava os passos na areia,
desenha sobre a estrada
teu vulto.
É melhor do que nada.
A desfazer-te o rastro
virá, o Mar, é certo.
Virá, é certo, a Noite,
beber a tua sombra.
Efêmero? Serás...
Mas presente
no Mar, eternamente;
na Noite, para sempre.
Sebastião da Gama (1924-1952)
2 comentários:
me deixo sem fôlego
[el poetito]
A mim também Giuliano, a mim também...
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